sábado, 1 de maio de 2010

Padreco

Hildebrando Magno Rebello Filho encaminhou comentários em duas matérias, um em Clube Atlético Ferroviário - Boca Negra Faria Aniversário, apresentada em janeiro e outro num dos muitos textos sobre churrascarias e em suas citações me abriu oportunidade para relembrar um destacado atacante do futebol paranaense, que tive oportunidade em acompanhar no futebol profissional e também no futebol amador de Curitiba, o disciplinado e bom companheiro Osvaldo, o popular Padreco e de uma boa churrascaria localizada na Rua Desembargador Westphalen, esquina com a Rua Visconde de Guarapuava. Tal churrascaria era a Espeto de Ouro, que foi local de um incêndio. O nome é de uma churrascaria localizada em Santa Felicidade, mas não sei se tem alguma ligação com a velha Espeto de Ouro.
Sobre Padreco, lembro de tê-lo visto jogando nos idos de 64 pelo Paranavaí, onde se destacou marcando muitos gols, especialmente nas cobranças de faltas, sua especialidade. Destacando-se na equipe do interior chamada naqueles tempos de “vermelhinho do fim da linha”, foi contratado pelo Coritiba, aonde chegou em 65.
Naquele ano o Ferroviário foi o campeão estadual, ficando o Coritiba, como vice. Jogavam pelo Coritiba Erol e Bira, goleiros, Reis, também vindo do Paranavaí, junto com Padreco, Nico, Neno, Roberto, Pepê, Orlando, Serelepe, Tucá, Américo, Alfredo, Almirzinho, Gilberto, Tião, Padreco, Moreira, Gauchinho, Bequinha, Aleixo e Wanderlei.
Em 66 Padreco foi para o Ferroviário, onde sagrou-se campeão ao lado de Paulista, Luiz Fernando (goleiros), Antenor, Fernando Knaip, Caçula, Celso Marques, Martins, Índio, Mário Madureira, Paulo Vecchio, Jaime, Humberto, Getúlio, Pinheiro, Ariel, Albino e Sidney.
Em 67 disputou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, pelo Ferroviário, tendo como companheiros Paulista, Luis Fernando, Luiz Kavalis, Fernando Knaip, Pinheiro, Celso Marques, Renatinho, Juarez, Pedro Alves, Paulo Vecchio, Humberto, Brando, Getúlio, Antenor, Caçula, Ferreirinha, Ceconni, Martins, Índio, Ariel, Sidnei, Jaime, Mário, Nilzo e Gijo. O Ferroviário estreou frente ao Bangu, campeão carioca, empatando em um a um. Neste certame o representante paranaense não venceu nenhuma partida. Nem por isto deixei de torcer pelo Ferroviário, o que o fiz até o seu ultimo dia.
Aliás, me mostrei contrário à fusão e entendo que o Ferroviário, poderia existir até hoje, caso apenas fossem agregados os patrimônios de Britania e Palestra Itália, mantendo-se a denominação de Clube Atlético Ferroviário, um clube de grande apelo popular, com uma torcida vibrante e participativa, ao contrário de Palestra Itália e Britania, meros coadjuvantes dos campeonatos que disputavam.
Ainda em 67, Padreco, transferiu-se para o Água Verde, que montava uma equipe forte visando a conquista do título estadual, o que acabou conseguindo, contando com os goleiros Heitor e Pedro Bueno (Pedrinho), na equipe Zé Carlos, Titure, Silvio, Zeola, Fonti, Pedrinho, Tetéu, Natal, Jairton, Silvano, Juquinha, Carlinhos, Russinho, Zezinho, Amilcar, Japonês e Nilson Peres. Em 68, Padreco permaneceu no clube da Vila Guaira, atuando com Ronaldo, Zé Carlos, Silvio, Sebastião, Zezinho, Tetéu, Pedrinho, Amilcar, Armando, Padreco, Juquinha, Jairton, Flórido, Natal, Titure, Ademir, Tucá, Miranda, Alberto, Alex, Neves, Fonti e Lori.
Do Água Verde foi para o Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, em 69, jogando ao lado de Barbosinha, Odinar, Nilo Gomes, Jamil, Mota, Rubens Henrique, Tucho, Nilson Peres, Zé Carlos, Machado. Kide, Jair Henrique, Nire, Casquinha, Jorge, Gabriel, Rosaldo, Nelsinho, Fefeu, Tião Kelé, Wagner e Duda.
Na seqüência Padreco voltou à Curitiba, para atuar em equipes do futebol amador. Conseguiu destaque no Iguaçu, de Santa Felicidade, onde em 73, foi campeão da 1ª Divisão de Amadores com Romeu e Drisel (goleiros), Fernando, Ernani, Tide, Leônidas, Altair, Elizeu, Galeto, Anjinho, Nilson Perez, Lara, Vermelho, Nico, César e Dejair.
No mesmo ano foi também campeão da Taça Paraná pelo mesmo Iguaçu, tendo como companheiros Romeu, Fernandinho, Valdo, Ronald, Altair, Anjinho, Algacir, Nilson, Peres, Padreco, Lara, Vermelho, Eliseu, Davi Belo, Clodô e Leônidas. Ainda atuou em outras equipes da suburbana e depois em grupos de disputas amistosas. Eis um pouco da carreira do Padreco, lembrado pelo Hildebrando Magno.
Com relação à churrascaria, ele declara ter encontrado lá em determinada ocasião o eterno presidente do Coritiba, Evangelino Costa Neves, e confirmo ser a Churrascaria Espeto de Ouro. Agradeço a participação do companheiro e espero outras.
José Domingos Borges Teixeira

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